Nascido em Américo de Campos e morador de Votuporanga, Seu Pedro, como é conhecido quando adolescente, 68 anos, sonhou ser jogador profissional, seguindo os passos da maioria dos meninos começou a jogar futebol com 12 anos, no time da cidade onde nasceu, sempre com o apoio do pai Antônio Basso. Chegou a fazer testes no América e no Botafogo de Ribeirão Preto, mas não conseguiu ser aprovado. Jogando pelo Américo de Campos teve uma lesão que acabou com o sonho de ser jogador profissional. O Clube o mandou para Bálsamo para fazer um tratamento, despertando assim uma nova paixão: o trabalho de massagista, pela profissão que o mantem ligado ao futebol. “Eu jogava em Américo de Campos. Em uma partida, machuquei gravemente o tendão de Aquiles. Tive que desistir do futebol. Conheci o massagista Sano, de Balsamo, e me encantei com o trabalho. Descobri que tinha o dom para ser massagista”, comentou Seu Pedro. 

Pouco tempo depois de terminar o tratamento, ganhou do amigo advogado Mário Fernandes um livro que falava do tema, e a paixão se transformou em profissão até hoje. 

Na história desse profissional, que é figura ímpar pelos times que passou, coleciona amigos. Viveu todos os extremos que o futebol pode proporcionar. Prestativo, faz o trabalho de massagista, mas está sempre disposto a ajudar no que for preciso. Iniciou sua carreira de massagista na antiga Associação Atlética Votuporanguense em 1984. Passou pelo Jalesense, onde foi campeão do Paulista da Segunda Divisão de 1990, Nova Andradina, de Mato Grosso de Sul, Jaboticabal e ficou 23 anos no Mirassol. 

O folclore em torno de Pedro Basso é farto de episódios. O mais famoso é o suco milagroso, cujo segredo jamais é revelado. Percebendo que os jogadores precisavam de algo a mais para repor as energias durante os treinos, ele inventou um tipo de suco em 1993, e que garante que a recuperação do desgaste provocado pelos treinos é mais rápida. No ano de 2014 foi convocado a integrar a comissão da Seleção Brasileira Olímpica (Sub-21) no Torneio de Wuhan, na China, pelo técnico Alexandre Gallo e por indicação do médico Paulo Forte, onde voltaram campeões. 

Em dezembro de 2015 voltou a Votuporanga, começando trabalhar no Clube Atlético Votuporanguense a convite do Presidente Marcello Stringari e o Gerente daquele ano Eder Dellarice. Sempre sendo um profissional “pé quente”, em 2007 participou do acesso ao Mirassol à elite do Paulistão e ano passado participou da campanha que levou o Votuporanguense a ser Campeão da Copa Paulista 2018.

Foto: Rafael Nascimento